segunda-feira, 18 de novembro de 2013


Por que?

Num momento de tranquilidade, pus-me a pensar nesse questionamento.

Quando somos crianças ele é parte integrante de nossa existência. Ainda estou para conhecer uma criança que não tenha o porquê como lema de vida. E quando encontram um adulto que responda então, a lista dos porquês se torna infinita.

Ao longo do tempo, ele vai deixando de ser tão presente e vai se tornando mais esporádico, ficando reservado para momentos mais específicos, como na escola (onde é muito bem-vindo por sinal).

O que tenho notado, com certa tristeza, é que cada vez mais o porquê tem sido mais deixado de lado e em idade mais precoce.

Este questionamento é muito rico em vários sentidos. Já começa pela forma de escrita: que outro questionamento pode ser escrito de tantas formas diferentes? (por que, porque, porquê). Claro que, as vezes, a gente se confunde com a história do junto, separado, com acento, mas são maneiras diferentes de escrever a mesma ideias.

Além disso, a maior riqueza está na variedade das respostas. Refletindo, você percebe que qualquer coisa pode vir após um porquê. Desde: “porque 2 pontos definem uma reta”, até “porque eu não te amo mais”. Uma infinidade de informações e descobertas estão escondidas atrás de um porquê.

Por isso é uma pena que ele esteja caindo em desuso. Perde-se toda essa grandeza de aprendizado.

Há dias em que, por cansaço, dor, tristeza, ou por outra razão qualquer, você guarda ele lá no cantinho, para um momento mais propício. Mas é preciso lembrar que ele está lá, só esperando para voltar.

Porque as pessoas estão abandonando essa prática não sei. Só sei que os meus porquês estão aqui, prontos para serem usados. E eu tenho um bem intrigante neste momento: por que eu resolvi pensar sobre o porquê?

Fabiana

Jaguariúna, 09/11/2013

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