quarta-feira, 9 de julho de 2014

CEDO

Hoje acordei cedo. De livre e espontânea vontade, como há muito tempo não acontecia.
Quando se é criança isso acontece muito. Pelo menos na minha época (não, não sou tão velha assim), os melhores programas infantis e desenhos animados estavam na programação da manhã das emissoras. Logo, levantar cedo era obrigatório para não perder a Vovó Mafalda e o Glub Glub.
Hoje foi uma sensação semelhante. Tenho trabalhado muito nos últimos tempos, então cada segundo de sono tem sido muito precioso. Mas abri os olhos logo cedo e me sentia completamente descansada e bem disposta.
Levantei, troquei de roupa e fui até a padaria pegar um pão quentinho. Coisa que eu também não fazia há muito tempo. Até porque, pasmem, não há padarias perto de onde eu moro. Elas existem, mas ficam bem longe. Só para esclarecer, eu passei o feriado na casa dos meus pais, que tem uma padaria no final do quarteirão.
Como eu dizia, foi me levantar e me sentir tão bem, tão leve. Respirar o ar da manhã, mesmo estando um pouco frio, sem a sensação do peso das obrigações.
São esses momentos que fazem a diferença na rotina do dia-a-dia. 
Boa semana a todos. 
Fabiana

São Paulo, 9/07/2014

terça-feira, 8 de julho de 2014

LUTA

Numa noite qualquer de Janeiro, no meio de um desses calorões de verão, eu estava refletindo e suando, quando me deparei com uma cena interessante.
Primeiro preciso explicar que a porta e a janela estavam abertas para fins de ventilação, pois o pobre ventilador não estava conseguindo superar o calor intenso.
Perto da janela, pousaram 2 formigas com asas. Não sei se posso chamar de formigas com asas ou se há uma nomenclatura própria para isso, mas enfim, ficam sendo formigas com asas nesse momento. 
No início, pareciam não terem se percebido. No instante seguinte, começaram a degladiar entre si de forma ardorosa. Quer dizer, pelo menos me pareceu assim.
A luta estendeu-se por pouco tempo e uma delas tombou perdedora. Mas a vitoriosa não saiu ilesa: perdeu uma das asas.
Após a contenda, a sobrevivente tentou voar e, obviamente, não pode. Ficou girando no mesmo lugar, em torno de si mesma, sem conseguir se deslocar.
Pois é, entre mortos e feridos ninguém se salvou.
Não sei se há uma moral para essa história. Algo sobre lutas, guerras ou qualquer coisa do gênero. Deixo que cada um tire suas próprias conclusões.
Mas será que qualquer semelhança com qualquer caso humano é mera coincidência?

Jaguariúna, 06/07/2014
E a história continua... Hoje tem novidade sem falta ;)