A QUEDA
Sempre usei transporte público e o ônibus era o mais
comumente procurado.
Na época do colégio, meu trajeto para casa durava uma
hora de ônibus e algumas amigas pegavam o mesmo ônibus que eu.
Numa sexta-feira, não tivemos a última aula e foi com
um gigantesco entusiasmo que saímos mais cedo.
Como sempre, iniciou-se a espera pelo ônibus enquanto
conversámos sobre os planos para o final de semana.
Finalmente o ônibus chegou e eu fui a primeira a
entrar, com minhas amigas me seguindo em fila indiana.
O motorista resolveu dar a arrancada antes que
estivéssemos acomodadas. Eu estava pegando o passe na bolsa e, no susto, não
consegui me segurar.
Dei dois passos para trás e caí sobre a colega que
estava atrás de mim, ela fez o mesmo. Foi um autêntico efeito dominó, sendo que
éramos cinco e a última caiu sobre o painel do ônibus.
Todos os presentes começaram a rir enquanto nós tentávamos
nos levantar com o ônibus em movimento.
Cogitei pedir ao motorista que parasse o ônibus para
que pudéssemos levantar com segurança, mas imaginei que ele não atenderia um
pedido desses, principalmente considerando o quanto ele estava rindo da
situação.
Ninguém se machucou de verdade, ficamos apenas “doloridas”.
Após levantar da melhor forma que conseguimos,
passamos a catraca e nos sentamos. Claro que os olhares divertidos permaneceram
até o final do trajeto e eu era a última a descer.
Mas, se não para mais nada, me serve hoje de
recordação das aventuras da adolescência. E para sempre me lembrar de me segurar no ônibus.
Fabiana
Jaguariúna, 16/11/2013.
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