sábado, 23 de novembro de 2013


A QUEDA

Sempre usei transporte público e o ônibus era o mais comumente procurado.

Na época do colégio, meu trajeto para casa durava uma hora de ônibus e algumas amigas pegavam o mesmo ônibus que eu.

Numa sexta-feira, não tivemos a última aula e foi com um gigantesco entusiasmo que saímos mais cedo.

Como sempre, iniciou-se a espera pelo ônibus enquanto conversámos sobre os planos para o final de semana.

Finalmente o ônibus chegou e eu fui a primeira a entrar, com minhas amigas me seguindo em fila indiana.

O motorista resolveu dar a arrancada antes que estivéssemos acomodadas. Eu estava pegando o passe na bolsa e, no susto, não consegui me segurar.

Dei dois passos para trás e caí sobre a colega que estava atrás de mim, ela fez o mesmo. Foi um autêntico efeito dominó, sendo que éramos cinco e a última caiu sobre o painel do ônibus.

Todos os presentes começaram a rir enquanto nós tentávamos nos levantar com o ônibus em movimento.

Cogitei pedir ao motorista que parasse o ônibus para que pudéssemos levantar com segurança, mas imaginei que ele não atenderia um pedido desses, principalmente considerando o quanto ele estava rindo da situação.

Ninguém se machucou de verdade, ficamos apenas “doloridas”.

Após levantar da melhor forma que conseguimos, passamos a catraca e nos sentamos. Claro que os olhares divertidos permaneceram até o final do trajeto e eu era a última a descer.

Mas, se não para mais nada, me serve hoje de recordação das aventuras da adolescência. E para sempre me lembrar  de me segurar no ônibus.

Fabiana

Jaguariúna, 16/11/2013.

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