segunda-feira, 11 de novembro de 2013


O CACHORRO

Num domingo, resolvi sair para uma caminhada. Comecei a pouco tempo a prática de atividade física regular e achei que seria interessante ocupar uma parte do dia me exercitando.

De boné, fones de ouvido, protetor solar, toalha para secar o suor... Estava tudo em ordem.

O local escolhido foi uma praça, perto de minha moradia. Local agradável e sempre cheio nos finais de semana.

Durante meu trajeto, vi uma família à uma certa distância, em que os pais observavam os filhos brincarem com os cachorros.

Um menino, que devia ter oito anos de idade, segurava a coleira de um cachorro caramelo, porte médio, que lembrava um labrador. Uma menina, que devia ter doze anos de idade, segurava a coleira de um cachorro preto, também porte médio, que não faço idéia da raça.

Ao passar por essa família de comercial, os cachorros passaram a latir em minha direção. Para meu azar e surpresa, com o susto, o menino soltou a coleira do cachorro caramelo, que não teve dúvidas em saltar em minha perna e me morder. Com a dor, acabei chutando o cachorro, que correu.

Os pais imediatamente vieram em minha direção, dizendo que o cachorro era vacinado. Mas, oras, esse não era o ponto.

O pai rapidamente colocou todos no carro, inclusive os cachorros, e fugiu sem deixar nenhum contato.

Em resultado, ganhei soro e vacinas antirrábicas. A título de curiosidade, o soro é calculado pelo peso e aplicado no subcutâneo, de preferência na região da mordida.  São 5 doses de vacina, que não são aplicadas na barriga e sim no braço.

Se eles tivessem deixado um contato isso não teria acontecido. Era só observar o cachorro por dez dias e, se ele não apresentasse sintomas de raiva nesse período, eu não teria que tomar nada.

No fim, me saí mal. Ganhei machucados, dor e preocupação. Fico tentada a dizer que esse negócio de atividade física não faz bem à saúde.

Fabiana

Jaguariúna, 09/11/2013

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