O CACHORRO
Num domingo, resolvi sair para uma caminhada. Comecei
a pouco tempo a prática de atividade física regular e achei que seria
interessante ocupar uma parte do dia me exercitando.
De boné, fones de ouvido, protetor solar, toalha para
secar o suor... Estava tudo em ordem.
O local escolhido foi uma praça, perto de minha
moradia. Local agradável e sempre cheio nos finais de semana.
Durante meu trajeto, vi uma família à uma certa
distância, em que os pais observavam os filhos brincarem com os cachorros.
Um menino, que devia ter oito anos de idade, segurava
a coleira de um cachorro caramelo, porte médio, que lembrava um labrador. Uma
menina, que devia ter doze anos de idade, segurava a coleira de um cachorro
preto, também porte médio, que não faço idéia da raça.
Ao passar por essa família de comercial, os cachorros
passaram a latir em minha direção. Para meu azar e surpresa, com o susto, o
menino soltou a coleira do cachorro caramelo, que não teve dúvidas em saltar em
minha perna e me morder. Com a dor, acabei chutando o cachorro, que correu.
Os pais imediatamente vieram em minha direção, dizendo
que o cachorro era vacinado. Mas, oras, esse não era o ponto.
O pai rapidamente colocou todos no carro, inclusive os
cachorros, e fugiu sem deixar nenhum contato.
Em resultado, ganhei soro e vacinas antirrábicas. A
título de curiosidade, o soro é calculado pelo peso e aplicado no subcutâneo,
de preferência na região da mordida. São
5 doses de vacina, que não são aplicadas na barriga e sim no braço.
Se eles tivessem deixado um contato isso não teria
acontecido. Era só observar o cachorro por dez dias e, se ele não apresentasse
sintomas de raiva nesse período, eu não teria que tomar nada.
No fim, me saí mal. Ganhei machucados, dor e
preocupação. Fico tentada a dizer que esse negócio de atividade física não faz
bem à saúde.
Fabiana
Jaguariúna, 09/11/2013
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